Ontem tive a oportunidade de uma carona até São Gonçalo para visitar meus netos. De carro porta a porta, menor risco, aceitei. Yasmin soube da pretendida visita (por via de Rita, minha mulher), telefonou e questionou-me acerca da exposição desnecessária ao coronavírus, apesar de estar "morrendo" de saudades - segundo ela - e abortou a minha intenção.
Pois é, meus queridos: a rede de afetos que me envolve e me atrai, contraditoriamente também me afasta.
- Fique em casa, vovô, fique em casa!
E eu fico. E fico bem, tenho sempre alguma coisinha a fazer, tenho leitura e televisão...
E volto a escrever, atividade prazerosa há muito negligenciada.
E digo, queridos, se cuidem e fiquem em casa! Esse vírus não é de brincadeira! Não ouçam as vozes da ignorância, daqueles que acham que é só uma "gripezinha". Ouçam a voz da ciência e de seus arautos! Esse vírus, apesar de ser - como dizem- menos letal que o influenza, por exemplo, é de facílima transmissão e, uma vez dentro do hospedeiro, reproduz-se de forma avassaladora! Ele só precisa de uma carona - você transitando pelas ruas.
FIQUE EM CASA!
Não é só pelos velhinhos e pessoas com doenças pré-existentes; no Brasil, 25% dos casos confirmados ocorrem nas faixas de 40/49 e 30/39 anos. E até adolescentes e um bebê já morreram!
Não é só por você, é pelos outros. É pela sociedade. É para diminuir a velocidade de contágio dando chance de atendimento hospitalar a todos que necessitem. É para evitar o colapso hospitalar, como tem acontecido em outras partes do mundo.
E pensem, meus caros, esses da "gripezinha" não estão preocupados com a vida ou com a economia, diretamente. Estão preocupados -profundamente- com as eleições de 2022!