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15 de nov. de 2012

O resgate que faltava


Fala-se muito em resgatar. Resgatar-se isto e aquilo. Nos últimos oito ou dez anos resgatou-se a autoestima do povo brasileiro. Pelo menos é o que diz o nosso Lula: "Nunca antes nesse país...". Por último resgatou-se a autoestima dos cariocas. Será? No que me diz respeito, nunca antes me senti tão naufragado; não no mar da minha vida pessoal, que vai bem, obrigado, mas em outros mares...
Mas deixemos de lero-lero para falar de outro resgate, que ouço com insistência na mídia dos últimos dias: o resgate do transporte ferroviário de passageiros.
Além do trem-bala Rio-São Paulo-Campinas, a joia da coroa dos projetos ferroviários, fala-se em interligar cidades próximas nas regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste. Nada mais racional e necessário! Depois de meio século de abandono, sucateamento e extinção de ramais, o único trem regular de passageiros existente hoje é o que trafega semanalmente nos trilhos da Vitória-Minas, ainda assim por força de cláusula contratual na privatização da Vale.
Torço para que este resgate se efetive realmente e não seja apenas um discurso. Quero eu mesmo ir a São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, etc. de TREM!
Por enquanto é só discurso, mas é bom que se fale, para criar massa crítica e tirar os projetos do papel.
Foi preciso entupir de veículos as ruas e estradas, para que se volte a falar na ferrovia como opção de transporte.
Chega de alargar ruas e estreitar calçadas!
Vamos em frente... de trem!