O marido de D. Maria era oficial de máquinas da Marinha Mercante, e nessa função ausentava-se em viagens longas e demoradas. Sozinha nessas ausências, Maria fechava portas e janelas de sua casa em bairro de Belém do Pará. De tal modo sentia-se mais segura.
Certa feita, notou que alguém cutucava, por fora, a parede junto à porta, mais ou menos na altura da fechadura. Quem quer que fosse, não tinha boas intenções, por óbvio. Pretendia abrir buraco, introduzir a mão e abrir o trinco, adentrando na casa, deduziu Maria.
Calmamente, sentou-se em cadeira frente à porta e esperou, facão na mão.
Terminada a violação e introduzida a mão, Maria desfechou-lhe um golpe. O malandro saiu correndo e sangrando.
Calmamente, Maria lavou o sangue derramado na calçadinha entre a porta e o portão.
Murais Primavera
Há um mês
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