21 de abr. de 2020

Em frente à telinha

          Já vi umas dez ou onze vezes o filme A lista de Schindler, na televisão. Em geral, procuro um filme para ocupar o meu tempo nas tardes de domingo e me deparo com essa obra antológica. As vezes outros, como Ben Hur, Os miseráveis, Dr. Jivago...
          Sempre opto por rever um desses filmes a me contentar com os demais oferecidos no horário.
          Quanto a A lista de Schindler, sempre fico me perguntando, ao final: como pôde o ser humano ser capaz de tanta atrocidade?

19 de abr. de 2020

Em tempos de coronavírus

          Ontem tive a oportunidade de uma carona até São Gonçalo para visitar meus netos. De carro porta a porta, menor risco, aceitei. Yasmin soube da pretendida visita (por via de Rita, minha mulher), telefonou e questionou-me acerca da exposição desnecessária ao coronavírus, apesar de estar "morrendo" de saudades - segundo ela - e abortou a minha intenção.
          Pois é, meus queridos: a rede de afetos que me envolve e me atrai, contraditoriamente também me afasta.
          - Fique em casa, vovô, fique em casa!
          E eu fico. E fico bem, tenho sempre alguma coisinha a fazer, tenho leitura e televisão...
          E volto a escrever, atividade prazerosa há muito negligenciada.
          E digo, queridos, se cuidem e fiquem em casa! Esse vírus não é de brincadeira! Não ouçam as vozes da ignorância, daqueles que acham que é só uma "gripezinha". Ouçam a voz da ciência e de seus arautos! Esse vírus, apesar de ser - como dizem- menos letal que o influenza, por exemplo, é de facílima transmissão e, uma vez dentro do hospedeiro, reproduz-se de forma avassaladora! Ele só precisa de uma carona - você transitando pelas ruas.
          FIQUE EM CASA!
          Não é só pelos velhinhos e pessoas com doenças pré-existentes; no Brasil, 25% dos casos confirmados ocorrem nas faixas de 40/49 e 30/39 anos. E até adolescentes e um bebê já morreram!
          Não é só por você, é pelos outros. É pela sociedade. É para diminuir a velocidade de contágio dando chance de atendimento hospitalar a todos que necessitem. É para evitar o colapso hospitalar, como tem acontecido em outras partes do mundo. 
          E pensem, meus caros, esses da "gripezinha" não estão preocupados com a vida ou com a economia, diretamente. Estão preocupados -profundamente- com as eleições de 2022!