31 de jul. de 2014

Contando histórias


“Galo, galinha e pinto” é sem dúvida um dos livros infantis mais gostosos que já li. Carregado dessa magia envolvente da contação de histórias, em especial daquelas que pais, avós, gente carinhosa conta para os pequenos antes  de dormir. O livro nos leva pela mão e pelos sonhos. Uma verdadeira viagem entre versinhos.
                                                                                                        Adriana  Kairos


Um contador de histórias (avô?) e a menina ouvinte (netinha?); o contador conta, a menina esperta rebate, contesta, critica ou comenta a história e pede ao contador que conte outra. Ponto e contraponto construindo a estrutura do livro, até a quinta e última história, quando o sono chega e a menina se despede do contador.

Histórias: Galo, galinha e pinto/Abelhuda e o grilo cantor/A vaquinha Magnólia/Um grilo do campo na cidade/A flor que queria ser mãe.

Esta também não presta - foi corrigido no livro

O autor ainda sugere que os pequenos leitores/ouvintes peguem lápis e deem cor às suas ilustrações; e cheirem, mordam e “comam” o livro de todas as maneiras que a imaginação indicar. É dupla diversão para os pequenos.

Veja aqui mais comentários sobre a obra.

Lançamento
Farei o lançamento na Maré, com as crianças de Adriana Kairos, em tarde de contação de histórias. Melhor ambiente e assistência não pode haver para o meu filhote. Divulgarei dia, hora e endereço, quando tudo estiver acertado.

Para os familiares que não estiverem ansiosos e possam esperar, farei um segundo lançamento em nosso já tradicional encontro de Natal, no dia 25/12. Oportunamente divulgarei a programação do evento.

Para os amigos e familiares que moram perto, é só se comunicarem comigo e entregarei em domicílio, aproveitando para fazer visita. Ou me visitem, oras. Atenção: eu moro em Marechal Hermes - Rio de Janeiro.

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Vamos agora à 2ª parte do comercial, menos agradável mas necessária.

Preço: R$ 15,00. Dois ou mais exemplares - R$ 12,50 cada.
Pedidos, pagamento e envio: 
Os pedidos podem ser feitos preferencialmente pelo meu e-mail jarodriguesventura@gmail.com
Pagamento com depósito bancário em conta corrente (os dados serão fornecidos na transação)
Envio pelo correio, com acréscimo da tarifa postal (R$ 4,00 - um exemplar; R$ 5,00 - dois exemplares - Registro módico nacional)

Nota: Verifiquei a possibilidade de envio por SEDEX A COBRAR, mas fica mais caro e mais complicado para mim e para o leitor.

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29 de jul. de 2014

Feliz como um pinto no lixo

Chegou!

Galo, galinha e pinto
outras histórias

João Antonio Ventura




Já está sob as minhas asas. Aguardem mais um pouco, enquanto busco alternativas para que possam ter acesso a este meu filhote querido.

22 de jul. de 2014

Na chocadeira

Vem aí


Galo, galinha e pinto e outras histórias

João Antonio Ventura

Hoje, pela tarde, estive na gráfica revisando as provas de "Galo, galinha e pinto e outras histórias". Tudo certo, mandei ao prelo. Mais alguns dias, estará pronto. Aguardem brevemente mais informações.


12 de jul. de 2014

A maldição da riqueza


Mal comparando, dizia eu no último post, o Brasil sofre da maldição da riqueza. Vamos então comparar.
Somos um país imensamente rico em recursos naturais: jazidas minerais generosas, fauna e flora diversificadas, clima variado e águas abundantes (ainda); imensidões de terras agriculturáveis, que nos permitem ser “o celeiro do mundo”. Então a nossa economia se mantém historicamente com as exportações de commodities minerais e agrícolas, de baixo valor agregado.
Já os países ou territórios pobres em recursos naturais, como Japão e os chamados tigres asiáticos (Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan), entre outros, e mais recentemente a própria China, não podendo contar com riquezas naturais e precisando crescer, optaram por investir fortemente em educação, pesquisa, inovação tecnológica, industrialização. Tornaram-se desta forma exportadores de produtos industrializados com alto valor agregado. Nem precisa dizer quem leva a taça do desenvolvimento econômico.

Suécia 1958 - Brasil campeão - Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos...

Trocando o campo econômico pelo campo do futebol.
Sempre fomos celeiro de excepcionais jogadores de futebol. Nas cinco Copas que conquistamos eles estavam lá, com técnica e arte, fazendo a diferença, decidindo partidas, frente a um futebol, no geral, de estilo europeu, mais duro, baseado na força física e na disciplina tática.  A partir de 1958 conquistamos cinco Copas praticamente à  custa desses craques excepcionais. Não havia força ou disciplina tática que superasse a habilidade dos craques.


Chile 1962 - Brasil bi - Garrincha, Didi, Nilton Santos; Amarildo substituiu Pelé.

México 1970 - Brasil tri - Pelé,Tostão, Jairzinho, Rivelino, Gerson...

Enquanto isso, os europeus admiravam o futebol sul-americano, em especial o do Brasil,  Admiravam e se inspiravam nele.

EUA 1994 - Brasil tetra - Romário, Bebeto... 

Após a derrota para o Brasil em 2002, no Japão, a Alemanha resolveu mudar tudo no seu futebol: investiu forte nas categorias de base, centros de treinamento e apoio ao atleta, reformulou conceitos e reciclou técnicos. Mais de uma década de planejamento, investimento e trabalho. Os resultados surgem agora. A Alemanha é realmente um time, organicamente, funcionalmente, sem depender  da excepcionalidade de um ou vários craques, tendo, porém, muitos bons atletas. E nos superou até no toque-de-bola, historicamente a característica do nosso futebol.


Japão 2002 - Brasil penta - Ronaldo, Kaká, Ronaldinho, Rivaldo...

E na safra atual o Brasil teve apenas um craque, o Neymar, que não jogou contra a Alemanha, e mesmo se jogasse…

Brasil 2014 semifinais- Festa teutônica

E é isto, meus queridos: ficamos pra trás também no futebol porque sempre tivemos grandes craques e portanto não investimos em outros aspectos essenciais ao esporte. O resto são detalhes.
Sei que não serve de consolo, mas tivemos uma copa, no dizer de muitos analistas, excepcional: maior média de gols dos últimos tempos, várias seleções sem tradição despontando no cenário e incomodando as favoritas, várias campeãs caindo já nas fases preliminares e o imprevisto “mineiraço”. E mais: não aconteceram grandes problemas relacionados ao evento e os brasileiros bateram um bolão, recebendo com simpatia e cordialidade os estrangeiros. E mais ainda: a polícia do Rio desbaratou uma quadrilha internacional de  cambistas – golaaaço!
Por tudo isto, é ou não é a Copa das Copas?

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10 de jul. de 2014

O “mineiraço”


Um pouco antes da Copa pretendia escrever uma  crônica com o título “Não haverá maracanaço”, uma alusão à Copa de 1950, no Maracanã. No meu entender, depois de cinco Copas conquistadas, com muitas derrotas nos intervalos e o amadurecimento do povo, que não é mais (pensava eu) a “pátria de chuteiras” mas as “chuteiras sem pátria”, como faziam supor algumas manifestações que vimos nas ruas durante o último ano; no meu entender não haveria mais espaço nos corações e mentes para um sentimento de tragédia como o que dominou a nação naquela oportunidade. Sentei-me algumas vezes ao teclado e a crônica não saiu. Faço-a agora, sob outro título.
E bola rolando, rolando bola…
Eis senão quando, para evitar talvez o mal maior, antecipam-se os deuses do futebol e mandam o MINEIRAÇO! E num escore arrasador, humilhante, trágico, histórico: 7 x 1!!!
Perplexidade, consternação, choro! Precisava tanto assim, deuses do futebol?
Não, não precisava. Mas a Seleção Brasileira não ajudou os deuses do futebol… Então os deuses teutônicos dançaram com a bola em campo arrasado!




Ah! deu branco, deu apagão, deu… desorganização geral. O time brasileiro não tinha consistência, não tinha coesão calcada na disciplina tática, o time não era um time realmente, mas um grupo de bons atletas. Só. Até porque precisa treinar muito para se ter um time, um organismo – onde o todo é maior que suas partes e estas interagem funcionalmente para o todo. Isto os alemães tinham e têm de sobra, à parte os bons atletas que também possuem.




Teve também a questão psicológica por se tratar de Copa no Brasil e os atletas, a maioria, jovens. Tanto que o Felipão não cansou de inventar estratégias para motivar o seu grupo. Mas só isto não basta.
Eu fiz dois concursos públicos bastante concorridos ao longo da minha vida. Não tive quem me motivasse, foi auto-motivação mesmo. Mas não fiquei só nisso, preparei-me exaustivamente – estudando – para ser aprovado, para vencer dentro de campo. A motivação serve para acreditar que é possível vencer; se alguém entra em campo pensando em derrota, já está derrotado. Mas a preparação, o treino, o estudo é que dão segurança, potencializam a motivação e levam à vitória no campo e na vida. A insegurança era óbvia,  apesar das motivações do Felipão: frente aos alemães (e  não só) era preciso fazer o primeiro gol para que a Seleção ficasse tranquila e tentasse equilibrar o jogo. E os alemães fizeram o primeiro, o segundo… Desmonte total da Seleção Brasileira! Depois foi um passeio, ou baile…
Agora, meus queridos, a lição a aprender é esta: ficamos para trás também no futebol. E que a verdadeira tragédia do povo brasileiro não é a dos campos de futebol, mas a que está fora deles: o atraso imenso na educação, na saúde e na segurança, entre outros, que já veem de décadas e irão além.




E nada de queimar a bandeira nacional, de execrar atletas, mesmo os que jogaram mal. Não são culpados. Os culpados estão a partir da Comissão Técnica, para trás ou para o alto. E que eles deixem a arrogância de lado e também consigam aprender a lição.
O que aconteceu no Mineirão, mal comparando… Não. Deixemos esta comparação para o próximo post. Abraços, queridos.

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9 de jul. de 2014

Janela da memória


Acordei hoje com uma sensação esquisita, uma aflição, uma apertura no peito que não sei descrever em palavras, mas passa por um ligeiro sentimento de perda. Sofri este sentimento apenas uma vez na vida, quando me descobri só, afastado de mulher e filhos, separado, desprovido – formalmente embora - do projeto e sonho acalentado anos a fio.
A diferença é que naquela oportunidade não foi “um ligeiro sentimento”, mas forte, renitente e prolongado. Doía ao acordar, doía ao longo das horas quando, entre os afazeres, abria-se uma brecha ou janela, na qual vinha a memória debruçar-se a me afligir. E ao recolher-me à solidão do Hotel de Trânsito da BAGL, mais forte doía a dor. Fugia dela. Pensava em outras coisas, mas cada coisa pensada também doía. Então fechava os olhos e imaginava algo imaterial, um ponto, um foco de luz brilhante, e me concentrava nele de modo que coisa alguma ou pensamento pudesse penetrar-me a mente. Funcionava enquanto persistia o esforço de concentração.




E para fechar portas e janelas a impertinências doloridas, também tentei fazer versos. Fiz dois ou três poemas sofríveis, recheados de ressentimento e despeito, dos quais não me orgulharia se os tivesse para mostrar: perderam-se nos caminhos da vida. Melhor assim. Talvez só um fosse digno de salvação: o que fiz para minha ex-mulher àquela época, amoroso e delicado, mas do qual minha memória não guardou um único verso (Ah! memória descuidada!).
E assim foram dias e dias, e semanas, até que a vida se encarregou  em desvanecer a dor e aliviar o meu peito. E a vida seguia.
Desculpem, caríssimos! Eu pretendia falar sobre o jogo Brasil x Alemanha, ontem, no Mineirão, mas os meus sentimentos desviaram o assunto e abriram uma janela pela qual me desvendo um pouco para vocês. Às vezes o discurso assume a pena, ou os dedos... De maneira que, trocado o assunto, troquei também o título, que seria “O mineiraço”. Voltarei ao assunto, aguardem.

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