Aos trancos e barrancos, passa. Chacoalhando e bufando estrepitosamente, quase parando na lombada, mas passa. Um desses carros antigos que estranhamente escaparam do ferro-velho.
O motorista, braço de fora, acena para os passantes conhecidos, sorriso largo, orgulhoso de seu automóvel - um sonho de consumo realizado.
Ao lado vai a mulher, contentíssima, e no banco traseiro as crianças fazem algazarra.
O carro segue com esforço, embora dentro de si carregue a leveza da felicidade familiar em manhã domingueira de sol. Bufando sempre, desaparece na curva.
3 comentários:
Sempre lindo te ler! abraços,chica
Muito interessante e divertido, João António...
Ironia muito bem aplicada...
Venho o blogue do Toninho Bira...
Penso que temos afinidade de gostos...
Dias estivais aprazíveis.
Saudações para si e família.
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A Chica tem razão. Seu texto é sempre um deslumbramento.
Abraço!
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