6 de jul. de 2021

           Abraço bom, sô!

          Ocupado no preparo da edição de dois livrinhos, quase não tenho escrito. Mas não é falta de tempo, nestes dias de isolamento e distanciamento social. É preguiça mesmo! Pois amanheci hoje com vontade de quebrar esse jejum escrevinhador.
          Pois vamos lá, antes que vença a preguiça.
          Dia desses precisei ir a Madureira comprar materiais para desenho. Na volta cruzei com uma mocinha na calçada, mascarada como eu, que me olhou atentamente e perguntou:
          — Tio?
          Era uma de minhas sobrinhas, que  não via há muito tempo e já não tão mocinha como disse antes.    Não titubeei, quebrei o protocolo pandêmico e abracei-a longamente. Que abraço gostoso!
          A máscara esconde até o parentesco e o distanciamento social nos priva dos pequenos prazeres da vida, que não são pequenos, mas grandes e essenciais.

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