3 de fev. de 2014

Onde o vento faz a volta e mais além - 10

No caminho das pedras parideiras
Despedimo-nos da Camaçari no dia 02/01 pela manhã, após o café. Voltamos por outro caminho, pela serra, caminho quase impossível em dias de chuva, mas cerca de 30 km mais curto.
Paramos na serra para fotografar as pedras parideiras, das quais já ouvira falar. O povo mais antigo destes lugares acreditava ou ainda acredita que essas pedras dão cria – filhotes que se espalham encosta abaixo e nas várzeas. Mas ninguém nunca explicou como se dá a concepção e o parto dessas pedras magníficas. Ninguém nunca flagrou esse momento, talvez por ser demasiadamente demorado – séculos! – para a curta existência humana. A natureza tem lá os seus mistérios. Mais um não faz diferença.

As pedras parideiras
Singelas e monumentais
Os filhotes, encosta abaixo
Bem mais adiante paramos à beira de um rio. Já estavam lá parados o Neguinho com a esposa. Era a “rodoviária”, segundo me disseram, lugar de parada para aviar as necessidades, refrescar o rosto e seguir em frente. Quem precisava se espalhou procurando moitas, também procurei a minha. Não lavei o rosto nas águas do rio, mas sacudi o pó das roupas e limpei com o lenço os cantos dos olhos. E comi duas colheres de frito com farinha, prato preparado para a ocasião. O único conforto dessa “rodoviária” foi a abertura de uma garrafa de vinho. Dividido pelos adultos, bebi dois goles. E fomos adiante.


Um tatu atravessou a estrada e Diogo deu ré, farejando um almoço diferenciado. O tatu não era besta e sumiu-se no mato. Melhor para ele: se desse bobeira, não haveria IBAMA que o protegesse.

Reparem nos meus cabelos "aloirados"
Chegamos em Redenção beirando a hora do almoço, as minhas cãs aloiradas pelo pó da estrada. Nunca antes desejara tanto um banho!


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Me faça esse carinho

2 comentários:

Toninho disse...

Uma boa curiosidade Ventura.
Viajar é mesmo viver uma emoção.
Que bom que o tatu vazou,rsrs.
Meu abraço.

Joao Antonio Ventura disse...

Obrigado por sua presença, Toninho. Volte sempre. Abraços.

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